Cancian
Administrador PN

Idade: 40 Registrado: 09/05/04 Mensagens: 321 Localização: São José do Rio Preto
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Nome: José Monsair de Almeida Martuchelli Junior
E-mail: juniormartuchelli@gmail.com
Idade: 16
Área: 3º ano do ensino médio
Questão_1: Por que você deseja fazer parte do Fórum Paraíso Niilista?
Resposta_1: Quando discutimos sobre determinados assuntos, nosso pensamento tem que ser compreensível para outras pessoas, o que nos faz pô-lo no mundo da lógica. É, sem dúvida, uma boa forma de desenvolver suas idéias. Por isso desejo fazer parte deste fórum.
myCounter: 1000
Questão_2: Mencione seus autores favoritos e explique por que eles chamaram a sua atenção.
Resposta_2: Primeiramente, menciono Rousseau, visto que foi o pensador que me fez refletir sobre nossa cultura e educação, e sobre uma possível "utopia". Juntamente com Voltaire e Platão, fez-me pensar por um bom tempo em como deveria ser nossas qualidades e como lidar com nossos instintos, se devemos lutar contra eles ou não.
Outros escritores que me deram "empurrõesinhos" nas minhas dúvidas já citadas foram Dostoievski e Kafka, ambos por retratar o sofrimento e a iniquidade humana e/ou da natureza.
Ademais, cito Aldous Huxley, por "Contraponto", e Michael Ende, por "Momo e o Senhor do Tempo" e "A História Sem Fim". Huxley por ter escrito sobre personagens os quais gostei tanto, e Ende pela sua ideologia tão cativante.
Questão_3: Quais são as noções fundamentais do livre-pensamento?
Resposta_3: "Não concordo com nada do que dizes, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-lo". Essa frase de Voltaire exprime de forma direta e loquaz as noções fundamentais do livre pensamento, não acham?
Para responder com minhas próprias palavras: a noção fundamental do livre-pensamento é respeitar as diferenças entre pensamentos, mesmo que você as considere ignóbeis. Um contrato pela paz, ou, talvez, uma forma da minoria conceituar seu direito de existência, encaixando-se na moral atual.
Questão_4: Conceitue o niilismo e o diferencie do ceticismo. Seja claro.
Resposta_4: A dúvida de que se podemos ou não obter respostas seguras, junto com a dúvida utilizada em procurar a verdade na realidade e negar o misticismo - eis o ceticismo. Quanto as diferenças deste em relação ao niilismo, pode-se dizer que este último, ao invez de duvidar, afirma que não há respostas seguras.
Questão_5: Conceitue a moral; explique qual é a sua função e quais são seus alicerces.
Resposta_5: Moral é o que dita ao seu corpo o que você deve fazer e o que não deve. É o resultado da cultura e educação que um indivíduo teve, e, em vista disso, tem a função de "civilizar" os humanos. O que mostra-se em nosso cotidiano um problema, visto que muitas vezes a moral vai contra nossos instintos, reprimindo nosso sentimentos e causando desespero. Até ouso dizer que as pessoas gostam desse desespero, pois preferem o sofrimento ao tédio.
Seu alicerce é enqüadrar o humano naturalmente execrável ao humano idealizado pela sociedade - muitas vezes por motivos religiosos.
Questão_6: O que você entende pelo termo “razão”? O que é a racionalidade?
Resposta_6: Entendo a razão como uma qualidade inata do ser humano utilizada para a vida em harmonia e idealizar os direitos de todos os humanos, buscando a melhor sociedade possível. Avanço um pouco mais e digo que razão é o fruto da calma e da reflexão, da pura conclusão de que os justos são felizes e injustos são infelizes. Sem apelar para maníqueismo, no entanto. Apenas digo que a injustiça contradiz nossos sentimentos, e que só pode ser fruto da loucura - seja ela vinda da mentalidade da sociedade ou não.
Questão_7: Qual é a relação entre a arte e a subjetividade humana?
Resposta_7: Bem, sinceramente, não sei. Mas, vamos tentar: a expressão da subjetividade humana é a arte, seus detalhes, suas impressões, suas decisões. O que nós encontramos na arte é produto da subjetividade humana. E estou enrolando mesmo para chegar aos 250 caracteres necessários, hehe. Que tal?
Questão_8: O que você entende por realidade objetiva? O que a diferencia do subjetivo?
Resposta_8: ma experiência vivida por um indíviduo faz com que o mesmo, obviamente, sinta algo. No entanto, nem todos irão sentir a mesma coisa se viverem a mesma experiência - cada um tem sua interpretação dos fatos. Esta é a realidade subjetiva. A realidade objetiva, ao contrário, é a realidade, independentemente de interpretações.
Questão_9: Apresente sucintamente sua visão de mundo. Explicite seus posicionamentos mais relevantes. Cite algumas influências.
Resposta_9: vida atual é guiada pela competição e desejos de superioridade. A ganância que só produz mais ganância - o consumismo que apenas cria a necessidade de consumir mais, uma busca sem fim por uma felicidade que não existe. As próprias relações sociais estão voltadas a selecionar os mais capazes. Todos querem ser reconhecidos por todos, enlouquecidos por terem tantas pessoas a dedicar tempo, sufocados pelos sentimentos reprimidos e pelas constantes mentiras. Não entendemos nada, e precisamos entender. Começamos a raciocinar, inventamos sonhos, tentamos fugir da carnificina de nosso passado. Agora temos que concretizar estes sonhos. Mas não conseguiremos.
Não se pode usar o raciocínio para compreender o mundo e ser sua base na vida, visto que é impossível achar significado nesta vida sem fantasiar. O que resta a um homem honesto é obedecer a seus instintos. Eu sou o que sou. Meus sentimentos são meus guias.
Enfim, minha maior influência é a minha namorada. Err.
Questão_10: Questão aberta. Fale sobre algum assunto de seu interesse em especial, relacionado ao conteúdo do site.
Resposta_10: Utilizando a questão anterior como base, comento: e se o homem não aceitar que é um mero animal sem qualquer utilidade a si mesmo a não ser o seu próprio prazer aqui e agora, em uma breve vida sem significado? Afinal, desde criança ouve exatamente o contrário. Aí entra a fantasia, a criação do sentido da vida.
Para os que precisam de uma resposta, de uma certeza, esta é a única opção. A crença. Creio que esses são os homens mais felizes. Não os que optam pela crença geral, mas os que criam a sua própria. Quanto a mim, assemelho-me a Voltaire: "Quero acreditar. Mas não consigo." (Dicionário Filosófico, em algum capítulo que não lembro qual)
Sou pequeno. Sofro. Aceito. É a única coisa que tenho. _________________ André Díspore Cancian
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