Lenore
Fundador PN

Idade: 37 Registrado: 09/05/04 Mensagens: 64 Localização: Catanduva
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Estamos habituados a falar continuamente de moral. É fácil, porque todos temos alguma coisa a dizer, mas é difícil conseguir que os outros nos escutem e concordem connosco. Cada um tem a sua opinião. Nisto parece-se mais com a Arte do que com a Ciência.
Além disso, a Moral parece mudar com as culturas e com as épocas. Fala-se de "moral ultrapassada". Para muitas pessoas a moral "tradicional" consiste num conjunto de regras fixas, mais ou menos "impostas", deixando as pessoas "reprimidas", etc.
Daí, parece que, ao caírem as "proibições", e ao vermos que o mundo continua, alcançamos um grande progresso. O único princípio moral que resta é o da boa intenção. Se existe boa intenção, isso basta.
Além disso, o que cada um queira fazer com a sua vida, é um assunto privado, desde que não incomode os outros. Se há conflito de direitos, aí está o Estado, para garantir um certo equilíbrio.
No entanto, existem coisas que, à primeira vista, parecem ser más para todos, independentemente da intenção: matar uma criança, bater num idoso, maltratar um animal, contaminar um rio. Seria, no entanto, complicado justificá-lo. Quando muito chegar-se-ia a um raciocínio do género: se todos o fizessem, a convivência tornar-se-ia insuportável. Mas, por exemplo, se a "mim me apetece bater num cachorro" e não incomodo ninguém… E se só maltratar "um pouco"?
Numa palavra, por este caminho, o único que poderíamos dizer é que a moral consiste num conjunto mínimo de normas combinadas para tornar possível a convivência humana.
Fonte: Moral, a arte de viver _________________ Flávia Dellamura
http://www.taedium.com.br/
flavia@ateus.net
O ódio é meu único vício
O desprezo é minha única virtude
O nada, meu único ideal
A.D.C
Editado pela última vez por Lenore em 24/01/2005 - 07:34:12; num total de 1 vez |
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