Quando investigamos as grandes questões da existência, nos lançamos numa espécie de aventura grandiosa e sem sentido claro, como escalar um Everest desconhecido. Testamos nossos limites apenas para nos tornarmos mais lúcidos. Talvez aprendamos isto ou aquilo no processo, mas apenas como uma consequência indireta. Não descobriremos fatos específicos sobre certo assunto, mas estaremos expandindo os horizontes de nossa compreensão global da existência, que se estende a todos os assuntos. Conquistamos uma ótica mais completa e coesa da realidade, cujo valor só pode ser apreendido em vista do conjunto total de nossos conhecimentos sobre o mundo. Com uma perspectiva panorâmica e ampla, tudo passa a fazer mais sentido; adivinhamos relações obscuras entre fatos distantes e aparentemente desconexos; integramos melhor nosso entendimento a respeito de fatos particulares; os organizamos com maior precisão e critérios mais esclarecidos. É um exercício que nos torna mais íntimos de nossos conhecimentos e, portanto, mais aptos no seu emprego. No fim, não há mudanças bruscas nem recompensas grandiosas; o mundo apenas torna-se sutilmente mais claro, mais óbvio. |