Contra todas as possibilidades, suponhamos que um Deus existisse e fosse bondoso (esquecendo a contradição que isso implica por ter criado este mundo miserável), e fôssemos, depois de nosso, digamos, “êxodo espiritual”, viajando como uma alminha metafísica cintilante até o reino dos céus, onde ficaríamos em êxtase eternamente – a famosa “bem-aventurança” –, então a proposta seria interessante. Mas como isso soa mais infantil do que a uma estória sobre o bicho-papão, sequer é possível levar em consideração a possibilidade de esse fóssil do entendimento humano ser verdadeiro. |