Se o objetivo é a bondade – o próximo é o meio. Se valorizamos o próximo, é porque o usamos como um meio para nosso fim, que é o de satisfazer nossa natureza – isso se é que há alguém realmente assim; talvez com isso queira apenas se reconciliar com seu estômago. Em todo caso, que importa se isso torna os outros felizes? Esse estardalhaço da “virtude altruísta” não passa de uma fachada. O fato é que acreditamos mais nos outros do que em nós mesmos, e é só isso que faz pensarmos que o altruísmo é uma virtude. Nossa vaidade se infla, faz cócegas em nosso ego – e nosso cérebro acredita. Enfim, isso não é nada demais. Trata-se de um auto-engano saudável. |